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Hodiernamente temos vivenciado inúmeras ações e episódios violentos ocorridos em ambiente escolar, que favorecem o medo, a falta de apoio e receio de estudantes de frequentarem as instituições de ensino. Por esse motivo, se faz necessário visar medidas que permeiam entre indivíduos frequentadores das escolas e combatam, ou de alguma forma, reduzam tais atitudes vivenciadas por muitos alunos.

Cenários violentos vistos nas escolas:

No dia 23 de outubro, ocorreu um incidente trágico na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Zona Leste de São Paulo, no qual um estudante de 17 anos perdeu a vida e outras três pessoas ficaram feridas devido a um ataque a tiros. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), um adolescente de 16 anos, também matriculado na escola, entrou armado nas instalações e cometeu os disparos.

Anteriormente, há sete meses, houve situações semelhantes na mesma cidade de São Paulo, em uma escola estadual na Zona Oeste, onde quatro professoras e um aluno foram agredidos com faca por um jovem de 13 anos, que também era estudante. Após esse incidente, Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu disponibilizar psicólogos em todas as escolas do estado, o que só foi efetivado mais de 5 meses depois.

Medidas que atuam no combate à violência nas escolas:

Por inúmeras situações estarem ocorrendo, especialistas e psicólogos visaram medidas que ajudam e são inseridas nas escolas com a finalidade de solucionar tais eventualidades e fatos assustadores como esses, sendo essas medidas:

  • Necessidade de escutar os alunos:

O grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Unesp e da Unicamp, liderado por Luciene Tognetta, enfatiza a necessidade urgente de reestruturar as oportunidades de envolvimento dos adolescentes nas instituições de ensino.

“O sofrimento emocional que os nossos alunos estão vivendo hoje, que faz com que eles se sintam excluídos, menosprezados, diminuídos, também é algo que, apesar de não ser novo, se intensificou depois da pandemia. Eu preciso da urgência da qualidade dessas ações para a escola”, afirmou Luciene.

  • Integração de mais profissionais para a formação de equipes multidisciplinar:

De acordo com Anna Helena Altenfelder, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a prevenção de eventos violentos nas escolas é uma questão altamente complexa. Ela ressalta que não existem soluções definitivas, muito menos soluções simples para este problema.

Outrossim, Anna também ressalta a relevância de empregar abordagens interdisciplinares, criando uma rede de proteção que abrange o Conselho Tutelar, os serviços de saúde, a assistência social e outras organizações externas à infância e juventude. O motivo disso é que apenas a segurança ou policiais presentes nas escolas não é considerada uma solução adequada para lidar com a situação.

  • Melhor remuneração aos profissionais e professores:

Ana Aragão, que atua como psicóloga e professora na Faculdade de Educação da Unicamp, destaca que o pagamento dos professores desempenha um papel essencial na melhoria da situação nas escolas. Ela argumenta que o salário dos professores deveria ser fixado em R$ 5 mil para uma carga horária de 20 horas por semana.

  • Obtenção restrição de armamentos:

O advogado Ariel de Castro afirma que o Brasil precisa de uma política de controle de armas mais eficaz, enfatizando que a restrição é crucial, uma vez que uma administração federal anterior facilitou significativamente o acesso às armas, resultando em que o acesso a armamentos deve ser restrito aos profissionais de segurança pública.