Redução dos preços: alimentos e bebidas reduzem pelo quinto mês consecutivo
Segundo a pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia), desde junho de 2023 é visto a diminuição do valor de alimentos e bebidas de forma consecutiva. Entretanto, apesar de todas as diminuições médias desses valores os brasileiros ainda contemplam uma alta de aproximadamente 0,70% serem refletidas nos produtos, o que atinge e ainda prejudica o bolso do consumidor.
De acordo com analistas, embora esta represente uma série mais extensa de declínios nos valores de produtos alimentícios em seis anos, os cidadãos do Brasil ainda enfrentam custos mais elevados na hora de garantir sua alimentação.
Histórico de últimas deflações:
Conforme informado pelo IBGE, não se registrou uma série de taxas negativas nos preços dos produtos alimentares incluídos na formação desse índice desde 2017. Naquele período, houve sete períodos consecutivos de deflação, abrangendo os meses de junho a dezembro, resultando em uma redução acumulada de deflação 3,21%.
E para o ano em curso, as perspectivas apontam para uma situação análoga aos históricos mencionados, visto que a previsão é que 2023 siga a mesma sequência de sete meses consecutivos de redução nos preços de produtos alimentícios e bebidas.
Consequência para os consumidores:
Apesar da trajetória de redução nos valores dos produtos alimentícios, os especialistas acreditam que os consumidores provavelmente não experimentarão uma diminuição significativa em seus gastos a curto prazo.
Tal justificativa se dá através do comentário do economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, que afirma que ainda que haja inúmeras deflações como ocorridas esse ano e tenha a tendência de permanecer com os acontecimentos anteriormente vistos, é entendido que, para os cidadãos brasileiros, é provável que ocorra mais a estabilidade do custo dos alimentos do que uma redução propriamente dita.
Além disso, prevê-se que o setor de Alimentação e Bebidas registre uma redução de preços com uma intensidade decrescente nos meses subsequentes, conforme indicado pela taxa de outubro.
Poder de compra do consumidor:
Ademais, é informado pelo economista que tais deflações com ocorrências consecutivas não dão ao consumidor um aumento do poder de compras principalmente quando é visto reduções de preços de forma isolada.
“O que vai fazer as pessoas consumirem mais é aumento da renda. O rendimento médio está estável em relação à inflação. Os dados do mercado de trabalho mostram aumento da população ocupada, ou seja, a massa salarial está subindo, mas a renda em si continua estável”, confirmou o economista André Braz.
Consequências da redução dos preços dos produtos alimentícios:
É importante ressaltar que Braz concorda que a partir do momento em que os custos com alimentos diminuem, uma vez que são essenciais, isso proporciona margem para incluir outras despesas no orçamento familiar.
No caso das famílias de renda mais baixa, essa situação se traduz na aquisição de uma quantidade maior de alimentos, especialmente para aquelas em situação de extrema pobreza que dependem unicamente do essencial para se alimentar.
Um exemplo que auxilia nesse raciocínio explicado pelo economista é que famílias que sofrem com condições de extrema pobreza, posteriormente a redução dos alimentos, podem adquirir e possuir maior número de produtos para consumo, e também maior índice nutritivo, visto que ao aumentar e valorizar a maior obtenção de alimentos, propõe-se que possa ter mais chances e condições de comer carne, frango e entre outras proteínas, que agregam na sua condição alimentar. Sendo assim, podemos dizer que tais famílias comem melhor quando os alimentos reduzem seu preço.
“Alimentos ficando mais baratos diminuem o custo de vida dos menos favorecidos. Se a comida fica mais barata é um alívio imediato no orçamento de famílias mais humildes e permite que elas consumam outras coisas, inclusive outras comidas”, afirmou André Braz.
Sendo assim, por mais que não haja reduções a curto prazo no bolso dos brasileiros, é uma esperança e expectativa esperada por todos, visto que proporcionam inúmeros benefícios e condições, principalmente destacados a famílias que vivem em situações de pobreza extrema e sofrem com a alta dos preços, sendo perceptível, após um tempo, o combate à fome e o combate a insegurança alimentar.